sábado, 11 de outubro de 2008

Racismo na Rússia

Racismo está fora de controle na Rússia, diz Anistia

Por Meg Clothier

MOSCOU (Reuters) - Ataques racistas acontecem na Rússia com uma regularidade impressionantemente alta e o governo está ignorando o problema, denunciou a Anistia Internacional (AI) em um relatório divulgado na quinta-feira.

Segundo o documento, qualquer pessoa que não tenha os traços étnicos de um russo corre perigo, independente de ela ser um estudante africano em São Petersburgo ou alguém do Cáucaso que tenta ganhar a vida em Moscou.

Crianças pequenas vindas do Tadjiquistão também foram vítimas de gangues formadas por jovens com idéias neofascistas. E ataques contra judeus parecem ter se tornado mais frequentes, afirmou o grupo.

Segundo a AI, entidades de combate ao racismo e até mesmo fãs de rap sofreram agressões por que os "skinheads", como são chamados os racistas na Rússia, os vêem como "traidores".

O relatório pode propiciar uma leitura desagradável para o presidente russo, Vladimir Putin, no momento em que ele se prepara para sediar uma cúpula do G8 (Grupo dos Oito) em São Petersburgo em julho, a fim de mostrar seu país como um Estado moderno e responsável.

"A penetração do racismo na Rússia é incompatível com o lugar do país no palco internacional e mina sua postura diante do mundo", disse em um comunicado Irene Khan, secretária-geral da Anistia Internacional.

INSEGURANÇA E RAIVA

A situação caótica que se seguiu à queda da União Soviética alimentou a insegurança sobre o lugar da Rússia no mundo e a raiva em relação à suposta ameaça representada pela imigração. Os grupos racistas multiplicaram-se.

A cidade de São Petersburgo é conhecida por ser palco de ataques. No mês passado, um estudante senegalês que saía de uma boate com alguns amigos foi morto com um tiro de espingarda na qual estava gravada uma suástica nazista.

É difícil transcorrer uma semana sem alguma notícia sobre um ato de violência racista. Nesta semana, em Moscou, adolescentes armados com correntes espancaram um russo quando ele tentava proteger seus sobrinhos mestiços.

O relatório da AI afirmou que até recentemente as autoridades não reconheciam os ataques como um problema. Os políticos ignoram a questão e a polícia ou deixa de investigar as agressões ou as investiga de forma inadequada.

Parte da população começa a se mobilizar, realizando passeatas pacíficas a fim de condenar os racistas e lembrar as vítimas da violência.

"Esses ataques violentos são uma das manifestações mais visíveis da intolerância e xenofobia arraigadas em muitos setores da sociedade russa", acrescentou Khan.

"Ainda assim, o fato de os crimes de ódio racial terem sido ignorados encorajou a disseminação da xenofobia extremista e do neofascismo no país".


Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2006/05/04/ult729u56376.jhtm

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Racismo na Europa

Então é bom elucidar: nada, nele, é minha opinião. Tudo é reprodução do artigo do professor Feldman. Um trecho entre aspas, outro resumido. A comparação com o arcaísmo católico, por exemplo, é dele. Este argumento, o de que os muçulmanos são os novos judeus da Europa, tampouco é novo.

Pessoalmente, não conheço o velho continente o bastante para afirmar que sim ou que não. Mas, também numa visão pessoal, e sem a ênfase do professor, me incomoda a semelhança entre muito do que se diz hoje sobre islâmicos e do que se disse no passado, sobre judeus. Não é apenas a respeito de muçulmanos. Há um par de anos, ouvi frases sobre ciganos, na França e na Espanha, que, no Brasil ou nos EUA, ninguém diria hoje. Poderia pensar. Mas teria vergonha de dizer. Uma das coisas que mais impressionou na Europa, sempre, foi esta falta de pudores no exercício do preconceito.

Uma das questões não postas em nossa contínua discussão a respeito de Israel e Palestina é que sua situação atual, de disputa de terras, nasceu porque ambos são vítimas da Europa. Os judeus foram expulsos de lá. Não exatamente, alguns dirão. Expulsos, sim. Após séculos de perseguição incrementada para pogroms, aumentada para o Holocausto, se você é um judeu na Europa, em 1948, tudo o que quer é ir embora. Na próxima, a história deixa claro, será você. Ou seus filhos. No mesmo passo, a divisão artificial do Oriente Médio em Estados nacionais, incluindo-se aí a partição entre Israel e Palestina, é fruto do imperialismo europeu. A ascensão do Wahabismo, esta seita fanática e obscurantista do Islã por trás do Talibã e da al-Qaeda, é fruto de uma decisão política européia de aumentar o poder do clã al-Saud, atuais donos de Meca e Medina.

De certa forma, Hitler conseguiu seu intento de limpar a Europa de judeus. Foram-se praticamente todos, para as Américas e para Israel. E o convívio com os muçulmanos é, sim, e num ritmo crescente, o primeiro desafio de grande porte europeu para lidar com uma comunidade diferente.

Poderia ser diferente? Os EUA estão vivendo algo parecido. Não é igual – parecido. No sudoeste norte-americano, de uns quinze, dez anos para cá, o espanhol é língua corrente. Não era assim. Há rádios em espanhol, jornais, revistas, tevês – um império crescente. Norte-americanos criados num mundo branco, anglo-saxão, protestante, já falam – nesta região sudoeste – espanhol como segunda língua. E a grita contra os ‘imigrantes ilegais’ é alta. Claro. Às vezes, escorrega nitidamente para o preconceito. Mas nenhum político fala que os ‘mexicanos têm dificuldades de assimilação’. Seria uma frase racista demais. Eles se assimilam? Nada. Substituem a comida, a língua, mudam a maneira de rezar a fé. (O parco contato que os EUA tinham com o catolicismo era irlandês, italiano e polonês, nada a ver com o mexicano, sincrético que só.) Mexicanos, hispânicos em geral, trazem sua própria cultura. E, quando um político fala que o inglês devia lhes ser imposto, é logo ridicularizado. Eles têm vergonha de parecerem racistas.

Culturas não são assimiladas. São misturadas. É ver a nossa: portuguesa, africana, tupi. Tão misturada que a gente não sabe quando termina uma e começa a outra. Quando um novo povo chega, a cultura local também muda. A julgar pelo tom dos discursos correntes na Europa, ‘eles são bem-vindos desde que virem franceses’. Ou alemães, ingleses, italianos, espanhóis. Não vão virar. Alguém poderia argumentar, ‘mas os mexicanos sempre estiveram do outro lado do Rio Grande.’ Já faziam parte daquele mundo. Bem, é verdade. O Egito também sempre esteve do outro lado do Mediterrâneo. O Marrocos, idem. Sempre cruzou-se o mar de um lado para o outro. E nenhum europeu jamais teve pudores de entrar, conquistar, dominar, levar o que considerava de valor. É fácil ser imperialista durante quatro séculos e, vinte ou trinta anos passados do fim do imperialismo, dizer que não tem compromissos com o passado.

Há uma geração européia que parece querer romper os vínculos com a própria história. Houve o nazismo, agora somos diferentes; houve a religião, agora somos diferentes; houve o imperialismo, agora somos diferentes. Só que história é uma linha contínua: o nazismo deixou conseqüências que vivemos até hoje. As religiões deixam conseqüências visíveis – e enquanto gays não puderem casar livremente, ainda estaremos vivendo uma imposição da Igreja. O imperialismo também deixou vítimas. Nações inteiras. A Europa enriqueceu. O custo de sua própria riqueza foi pago com o futuro de outras nações.

Os bárbaros estão às portas da cidade, reclamavam os romanos. Eles querem usufruir de uma riqueza que seus antepassados construíram.


Fonte:  www.pedrodoria.com.br

domingo, 6 de julho de 2008

Racismo e xenofobia

Muitas vezes o racismo e a xenofobia, embora fenômenos distintos, podem ser considerados paralelos e de mesma raiz, isto é, ocorre quando um determinado grupo social começa a hostilizar outro por motivos torpes. Esta antipatia gera um movimento onde o grupo mais poderoso e homogêneo hostiliza o grupo mais fraco, ou diferente, pois o segundo não aceita seguir as mesmas regras e princípios ditados pelo primeiro. Muitas vezes, com a justificativa da diferença física, que acaba se tornando a base do comportamento racista.

O apartheid

Os trabalhos de geneticistas, antropólogos, sociólogos e outros cientistas do mundo inteiro derrubaram por terra toda e qualquer possibilidade de superioridade racial, e estes estudos culminaram com a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Embora existam esforços contra a prática do racismo, esta ainda é comum a muitos povos da Terra. Uma demonstração vergonhosa para o ser humano sobre o racismo ocorreu em pleno século XX, a partir de 1948 na África do Sul, quando o apartheid manteve a população africana sob o domínio de um povo de origem européia. Este regime político racista acabou quando por pressão mundial foram convocadas as primeiras eleições para um governo multirracial de transição, em abril de 1994.

Cartaz na África do Sul com indicação: " Somente para Brancos ".

sábado, 5 de julho de 2008

O racismo no esporte

Isso acontece todos os dias no Brasil. Isso acontece muitas vezes numa partida de futebol. Todas as pessoas que praticam futebol, torcedores(as) e outros(as) participantes estão sujeitos a este tipo de ofensa e desrespeito. E desse fenômeno nem os melhores jogadores do mundo estão a salvo.

Existem muitos tipos de discriminação e preconceito no Brasil, e eles também estão presentes entre as pessoas que praticam ou assistem a um esporte. Mas parece ser mais visível em estádios de futebol. Um indício são os apelidos que clubes, jogadores e torcedores recebem. Em muitos casos estas expressões de racismo são aceitos como normais porque muitas pessoas acreditam que este tipo de comportamento é um fenômeno isolado, que não continua depois do jogo. Será? No Brasil existe a idéia de uma existência pacífica (que muitos chamam de democracia racial) de todas as raças que formam o país, porém pesquisas e, especialmente no cotidiano, nos mostram que pessoas negras, mulheres, homossexuais e pessoas pobres em geral são as maiores vítimas de discriminação e preconceitos.

Em 2005, o grupo Diálogos Contra o Racismo (idealizadores da campanha “Onde você guarda o seu racismo?”), preocupados com o número de casos de racismo no futebol, na Europa e na América Latina em especial, lançou uma página na internet com uma petição, dirigida às entidades máximas do futebol, exigindo punições mais rigorosas para os atos de racismo nos estádios.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Seculo XXI??

Reina a hipocrisisa....pessoas vazias, pobres de espirito, tentando dar algum sentido a suas mizeráveis vidas, e não estou falando de pobres, literalmente, mas dos ricos, que ditam com punho de ferro as leis deste mundo...

O ser humano tem uma necessidade profunda de ser superior ao próximo; diminuirei o meu irmão por sua cor ,por sua religião,por suas idéias políticas, por seu time de futebol.Tenho de ser superior em algo ,para que minha alto-estima seja mantida.É uma deficiência que só nos mesmos podemos resolver, pois existe nas mais humildes comunidades cultura riquíssimas..

Onde você guarda o seu racismo?


Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo mostrou que grande parte dos brasileiros - 87% - admite que há discriminação racial no país, mas apenas 4% da população se considera racista.
A campanha Diálogos contra o Racismo tem o objetivo de provocar uma reflexão individual e, principalmente, conscientizar a população de que a luta contra o preconceito racial é responsabilidade de todos.
Onde você guarda o seu racismo? Não guarde, jogue fora.
Fonte: http://www.dialogoscontraoracismo.org.br/